segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Internet: rede de oportunidade para micro e pequenas empresas


Sabemos que a venda pela internet cresce a cada dia, mas ainda existem barreiras que precisam ser derrubadas para que o comércio eletrônico tenha no Brasil a mesma força que nos Estados Unidos, por exemplo.
O fator segurança ainda é o que mais preocupa e afasta o consumidor. Segundo pesquisa o produto mais vendido pela rede mundial de computadores é o de valor monetário mais baixo. No topo da lista, os livros. Os especialistas acreditam que o consumidor não se sente seguro para realizar outras transações on line.
No Brasil ainda há muito o que se explorar para incrementar as vendas pela internet. Pequenas e microempresas tem pela frente um vasto mercado. É preciso acreditar na tecnologia com ferramenta de venda. É preciso investir e em sites seguros, protegidos, e informar ao cliente das vantagens, seguranças e operacionalidade.
A empresa pode utilizar o site para captar o cliente, por telefone estreitar o atendimento e realizar a venda. O cliente acaba comprando por cartão de crédito passando dados via telefone que é tão arriscado quanto online, mas há o calor do atendimento, sem falar que provavelmente do outro lado do telefone está o dono da empresa, ou alguém bastante qualificado, com toda a capacidade de negociação de valores.
As grandes empresas apresentam seus produtos com valores e formas de pagamento, no próprio site, há descrições dos produtos e toda a intenção de compra fica por conta do cliente, parece bom para o cliente, mas vários fatores de motivação para fechamento da venda ficam presos a preço e descrições escritas.
Acredito que pessoas com sistema de comunicação mais tendido a sinestésico tenham maior dificuldade em realizar essa compra. A relação por telefone não vai fazer o cliente tocar no produto, mas poderá fazer com que ele sinta maior segurança para realizar a compra.
O site das micro e pequenas empresas devem gerar uma interatividade com cliente. Falar bem da empresa, vender mais credibilidade de quem está vendendo do que o próprio produto. A utilização de “Cases” é fundamental, se possível citar o cliente e quem ele é.
Nas grandes empresas essa relação de venda x produto fica complicada por conta do telemarketing ser treinado para registrar a venda e não negociar a venda. Acredito que esse problema venha da terceirização do setor.
O investimento no Google é fundamental para o micro e pequeno. Tenho um case sensacional. O cliente: uma fábrica de sacolas plásticas personalizadas artesanalmente, situada na Baixada Fluminense. O cliente nos contratou para desenvolver o site. Na primeira reunião indaguei o que ele esperava dessa nova ferramenta. Para minha surpresa, respondeu: “...não sei, todos estão fazendo.” Parece estranho, mas esse tipo de resposta ainda é muito comum. E no processo de pesquisa para a construção da página na web, outra surpresa, esse segmento do mercado não usava o Google para promover seus produtos. Bom, era fim de novembro, passei as informações necessárias para o nosso cliente, explicamos como o site funcionaria e ele assimilou bem todo processo. Resultado, com menos de um mês no ar, a empresa vendeu 6.000,00 (seis mil reais) no período de dezembro.
Hoje ele não prospecta nenhuma empresa, simplesmente me liga pedindo o boleto do Google (R$ 50,00)e espera os e-mails de solicitação de orçamentos.
O micro e pequeno empresário precisa entender as etapas de venda pela internet e assim fazer os devidos investimentos. Dessa forma ele usará a rede a seu favor cada vez com mais sabedoria e pouco investimento.
Por Gustavo Passos